domingo, 6 de dezembro de 2009

Kitsch




O estilo pode ser encontrado tanto nas artes visuais como na música, moda, design ou literatura que negam o autêntico exaltando a cópia compulsiva e a artificialidade. Ao que tudo indica, o seu surgimento tem a ver com o Romantismo onde a expressão dos sentimentos ganha formas dramáticas e melodramáticas, mas a noção mais popular é bastante recente e se liga ao furor burguês do século XIX – novos produtos aparecem para agradar à classe média. É a época em que vemos o fenômeno da cultura de massa porque todo mundo queria ter o que todo mundo já tinha.

O estilo pode ser encontrado tanto nas artes visuais como na música, moda, design ou literatura que negam o autêntico exaltando a cópia compulsiva e a artificialidade. Ao que tudo indica, o seu surgimento tem a ver com o Romantismo onde a expressão dos sentimentos ganha formas dramáticas e melodramáticas, mas a noção mais popular é bastante recente e se liga ao furor burguês do século XIX – novos produtos aparecem para agradar à classe média. É a época em que vemos o fenômeno da cultura de massa porque todo mundo queria ter o que todo mundo já tinha.

Nas primeiras décadas do século XX, as produções kitsch passaram a ser duramente atacadas por artistas de vanguarda exigiam sua destruição em nome da criatividade e da não-massificação. Acreditavam que a modalidade impedia o desenvolvimento dos gostos individuais, por exemplo, Milan Kundera, no livro “A Insustentável Leveza do Ser” liga esses objetos super-copiados ao regime totalitário Tcheco. Mas não se pode deixar enganar pelo aspecto patético dessas produções. Elas são, sem dúvidas, criativas e ricas dentro de suas propostas “enfeitadoras” e denunciam uma psicologia social onde vale tudo para se sentir pertencente ao seu meio.

A riqueza desses objetos se prova por estarem ainda em alta; casas de porcelanas, fábricas de potes para cozinha com estampas de vacas ou de artigos religiosos, continuam lucrando com a reprodução desses enfeites. Também, seguindo as tendências retro que invadiram nosso cotidiano, elementos kitsch (usados com bom senso, claro) são o que há de mais cool em matéria de decoração; vivemos o renascimento dos pingüins de geladeira. São um pesadelo somente na hora de limpar.
Kitsch e a moda
Ronaldo Fraga

Nenhum comentário:

Postar um comentário