domingo, 6 de dezembro de 2009

Tribos Urbanas II - Darks, Góticos




A cultura gótica (chamada de Dark no início dos anos oitenta apenas no Brasil) é uma cultura contemporânea presente em muitos países. Teve início no Reino Unido durante o final da decada de 70 e início da decada de 80, derivado também do gênero pos punk.

Religião e simbolismo


Estética (visual, "moda", vestuário, etc) com maquiagem e penteados alternativos (cabelos coloridos, desfiados, desarrumados) e uma certa "bagagem" filosófica e literária. A estética sombria traduz-se em vários estilos de vestuário, desde death rock, punk, renascentista e vitoriano, ou combinações dos anteriores, essencialmente baseados no preto, muitas vezes com adições coloridas e cheias de acessórios baseadas em filmes futuristas no caso dos cyber goths.


A cultura gótica abrange um estilo de vida, estando a ela associados, principalmente, gostos musicais dos anos 80 até o presente (darkwace, gothic rock, ebm, industrial, etc.). A música se volta para temas que glamorizam a decadência, o niilismo e hedonismo e o lado sombrio. As primeiras bandas consideradas góticas foram: Sister of Mercy, Bauhaus, Joy Division entre outras....


Banda Bauhaus

O surgimento da banda Bauhaus ocorreu em 1978, na cidade de Northampton, Inglaterra. Os irmãos David Jay (baixista e vocalista) e Kevin Haskins (baterista) criaram o The Craze, que tinha uma proposta e uma sonoridade próxima ao punk rock. Ao lado dos amigos Daniel Ash e Dave Exton, realizaram a primeira apresentação na cidade. Mas a formação definitiva viria apenas com a entrada de Peter Murphy; um amigo de Daniel Ash que foi convidado para ser vocalista, mesmo sem nunca ter cantado em nenhuma banda.

The Sisters of Mercy é uma bandabritanica de rock gotico, formada em Leeds em 1980 por Andrew Eldritch (vocais) e Gary Marx (guitarra).

Darks Góticos no mundo da Moda


Desfile Rodarte Semana de Moda de Nova York Primavera Verão 2010 2011

Tribos Urbanas I - Harajukus

Dentro de um conservadora e hierárquica sociedade, os jovens japoneses encontraram um maneira de se diferenciar dos demais. Seja para chamar atenção, como uma maneira silenciosa de protesto, seja pela necessidade de ser aceito no meio.
Em Shibuya, um município de Tóquio (Japão), a estação de Harajuku tornou-se o ponto de encontro destes jovens que não querem ser como seus pais. Aos finais de semana a região é tomada por adolescentes em trajes extravagantes, até mesmo para as culturas mais liberais.

O primeiro registro internacional, veio com a revista Fruits, em 1994. Era uma publicação, de ShoichiAoki, com fotografias das reuniões dominicais destes jovens.A região de Harajukué dominada por inúmeras lojas de roupas e acessórios. E estes jovens sabem mesclar peças de grife, como Vivienne Westwood, e peça feitas em casa. No país existem várias publicações de moda e costume.

Visual Kei

Consiste na mistura de diversas vertentes musicais como rock, metal e ate música clássica. Uma das peculiaridades desse estilo é a ênfase no visual de seus artistas, muitas vezes extravagante, outras vezes mais leve, mas quase sempre misturada com a androginia, e Shows chamativos. Teve início na década de 80 e se popularizou por volta da década de 90. Os membros da banda expressam seus sentimentos ou fantasias compostas pela música através de cabelos pintados e penteados de forma extravagante, roupas, maquiagens, acessórios, encenações trágicas/dramáticas, recorrendo muitas vezes ao simbolismo para ter uma idéia do quer edles queriam representar. Embora a orientação sexual dos músicos não tenha influência nenhuma no Visual Kei, muitos pensam quer são homossexuais devido ao estilo, uma vez quer os ONIs são andrógenos.

Esse gênero é o quer possui mais adeptos, quer buscam imitar músicos de bandas famoses e a maioria têm inspiração gótica e macabra. Utilizam pó de arroz para deixar as faces embranquecidas e depois pintam lágrimas negras. Já os cabelos devem ser coloridos ou desfiados, as roupas negras ou vermelhas e o salto plataforma.

Caracteriza-se pelo umso de cabelos extravagantes e maquiagens superelaboradas. A palavre Kei utilizada na expressão Visual Kei se refere ao estilo ou tipo, relacionado a estilo musical adaptados por eles. O Rock Gótico dos ans oitenta, o Punk, o Heavy Metal, ou atü os três ao mesmo tempo.

Lolitas

Estas são as bonecas de plástico. São aquelas japonesas pequenininhas, que usam vestidos de modelagem vintage, com meias até o joelho, lencinhos nos cabelos como maria-chiquinha e ursinhos de pelúcia nos braços.

Gothic Lolitas


São grupos de meninas que se inspiram nas mulheres e crianças da Era Vitoriana e nas bonecas de porcelana. Filmes de terror , o estilo gótico , personagens de anime , também tem seu espaço na tribo urbana. Os Looks variam de delicados e dark. Delicadeza é uma das palavras-chave para o estilo.

Aristocrat

Inspirada nas roupas usadas pela classe média européia, Pessoas de Status na Idade Media e roupas usadas pela alta classe no século XIX. Consiste em saias longas, calças de alfaiataria, blusas de glas trabalhadas ou babados, Botas vitorianas ou"góticas", corpetes e corsets, quase sempre em tons escuros, embora creme e branco por vezes apareçam. O estilo está centrado na androginia e elegância.

Madam

Versão feminina de Aristocrat, a Maquiagem, quando usada, geralmente é madura e um pouco mais pesada, mas sem exageros

Decora


Cores brilhantes, exuberância e acessórios, muuuitos acessórios. A idéia é decorar-se com brinquedos plásticos e joalheria.

Gyaru

É a gíria para girl, portanto este estilo é reservado às mocinhas.
Dentro desta divisão estão as chamas Yamambas, as Ganguros, asHimegyaru, asOnegyaru, as Kogals, etc.
Elas são caracterizadas pela pele bronzeada, os cabelos com luzes (loiras ou acobreadas), o uso de sobrancelhas falsas, sapatos muito altos, micro saias e outros acessórios. A inspiração é a Califórnia e a Barbie.
A Revista Non-No é voltada para este público.
Existe, ainda, a versão masculina das Gyaru. São os Surfers, garotos viciados em surf rock californiano

Kawaii


São menininhas que se vestem como crianças, tem aparência fofa e bonitinha. Em seus Looks abusam de laços, acessórios de bichinhos e tons pasteis .

Kigurumi também fazem parte da lista. São os "pijamas" bonitinhos. Muitas vezes trazendo a forma de personagens de animes infantis.

Wamomo

Significa misturar roupas tradicionais do Japão com moda ocidental.

Cosplayers

Contração da expressão Costume Players.
São as roupas baseadas em personagens de mangás, animês, filmes, bandas, etc.

na moda....

Melissa

Coleção Secret Gardens

O tema escolhido para a Coleção de Verão 2009 da Melissa foi baseado no Orientalismo. A campanha mostra o universo das gueixasj aponesas, com os jardins secretos onde elas poderiam fazer tudo o que quisessem: o Jardim dos Origamis, o Jardim das Porcelanas, o Jardim das Tatuagens, e o Jardim Elétrico

Grafite e moda




Em agosto de 1988 morria Jean-Michel Basquiat, um dos destaques da cena cultural de vanguarda dos anos 80. Ao lado de Andy Warhol e Keith Haring, Basquiat se tornou um dos principais representantes da Pop Art (tendência artística dirigida às massas, que usava assuntos comuns do dia-a-dia como conteúdo) através da estética do grafite. Sem nunca abandonar a essência da arte de rua, este atormentado artista de nome francês, porém de origem porto-riquenha-havaiana, consagrou o grafite como uma forma legítima de expressão artística.


Os rapazes do Flesh Beck Crew, coletivo carioca formado por cinco amigos, fizeram sucesso levando o grafite para as passarelas do Fashion Rio. Na seqüência, foram contratados pela grife de jóias HStern e pela estilista Elisa Conde para decoração de lojas e vitrines. A grife de streetwear Manifesto 33 1/3, do cantor Marcelo D2, acompanhou a tendência mantendo várias peças assinadas pelo renomado artista Flip. Na vitrine da loja da Melissa, em São Paulo, dois modelos são exibidos com destaque: as sandálias vermelhas com desenhos de Titi Freak - egresso do underground paulistano e responsável também por trabalhos para All Star/Converse - e o tênis criado por Jana Joana, artista plástica e grafiteira com fama internacional.


Para decorar a rampa de entrada do prédio da Bienal, na semana de moda de São Paulo - a SPFW, a parede branca foi dividida entre três artistas. Cada um ganhou como tema as criações de um costureiro francês para se inspirar. Eles pintaram inspirados nas criações de Dior, Saint Laurent e Pierre Cardin.O trio criativo V, ficou com Christian Dior. Eles pegaram carona no conceito do New Look e neste luxo absoluto que Galliano, o atual estilista, imprime a marca.Rodrigo Bueno pinta Yves Saint Laurent. Está fazendo uma releitura do smoking feminino do estilista, que ousou colocar as mulheres em calças e num traje tipicamente masculino.A artista Pipa está pintando Pierre Cardin e suas inovações futuristas para a moda

Tecnologia e moda


No universo às vezes complicado dos bits, siglas e padrões da vida high-tech, as roupas tecnológicas são uma opção interessante para quem deseja não só tocar, olhar ou ouvir as inovações, mas vestir-se com elas. De blusas que detectam redes Wi-Fi até uma roupa robótica que aumenta a força muscular, as opções são variadas.


A linha de roupas "inteligentes" criada por Julieta Gayoso reconhece a presença constante da tecnologia no mundo moderno e a irritação causada pelo esgotamento de baterias. "Hoje em dia a tecnologia está cada vez mais móvel. Ela proporciona a liberdade das conexões sem fio, mas, quando as baterias se esgotam, você tem que recarregá-las em rede elétrica.






Isso é o que faz o inovador casaco com painel solar criado pela estilista. Um cabo vai do painel solar até uma bateria no bolso interno, onde até oito aparelhos eletrônicos podem ser recarregados ao mesmo tempo, sempre que houver sol.
Gayoso começou a trabalhar no projeto no final de 2006 e lançou sua primeira linha de roupas no início deste ano. Agora, a estilista está trabalhando em uma segunda coleção e, a partir de 2009, espera exportar suas criações.






A tendência está se espalhando! As vitrines da Sony Store em New York usam vestidos de importantes estilistas americanos para fazer o marketing do seu netbook Sony Style Vaio e também na Macy’s o novo HP mini, com capa criada pela estilista Vivienne Tam, aparece em destaque.

Arte e tecnologia


“Nossas belas-artes foram instituídas e seus tipos e usos fixados, num tempo bem distinto do nosso, por homens cujo poder de ação sobre as coisas era insignificante comparado ao que possuímos. Mas o espantoso crescimento de nossos instrumentos, e a flexibilidade e precisão que eles atingiram, as idéias e os hábitos que introduziram nos asseguram modificações próximas e muito profundas na antiga indústria do belo.



Há em todas as artes uma parte física, que não mais pode ser vista e tratada como o era antes, que não mais pode ser subtraída à intervenção do conhecimento e do poderio modernos. Nem a matéria, nem o espaço, nem o tempo são, há cerca de vinte anos, o que sempre haviam sido. É de se esperar que tão grandes novidades transformem toda a técnica das artes, agindo assim sobre a própria invenção e chegando mesmo, talvez, a maravilhosamente alterar a própria noção de arte." Paul Valéry
Pesquisadores e artistas independentes revolucionam o olhar tradicional com as novas formas de expressão artísticas. Nanotecnologia, biotecnologia, arte on-line, trabalhos colaborativos e ativismo, via web são as novidades em arte e tecnologia.






Utilizar a técnica como parte da expressão artística é a grande mudança que chegou com a arte e tecnologia. O gênero já atraiu pesquisadores e artistas independentes de todo o Brasil. Praticada em museus, universidades e nas ruas, a arte e tecnologia tem muitas faces e nomes.
Net art, web art, Internet art, mídia-arte, arte e técnica, arte e tecnologia. Atende por muitos nomes o novo campo de exploração de pesquisadores e artistas independentes de todo o Brasil. Utilizar a tecnologia como uma forma de expressão e questionamento crítico não é novidade.
O surgimento e a diferenciação da arte e tecnologia no Brasil foi influenciado por tendências no exterior. Atualmente, diversas universidades pesquisam temas relacionados à arte e tecnologia e cibercultura.




Arte e Moda Conceitual




A arte conceitual surgiu na década de 60 por Joseph Kosuth, inspirada nas obras de Marcel Duchamp, artista dadaísta. Nesse tipo de arte o que é valorizado é a idéia do artista, sendo assim quem realmente fabrica a obra não importa nesse tipo de arte. A arte está em entender além daquilo que está materializado. Dentro da arte performática temos a idéia de um instante único. Todas as coisas podem ser arte, desde que trabalhadas com este intuito. As obras vão além do que a gente vê na materialidade.



A moda conceitual também é construída baseada numa idéia, por isso conceito e performance ligam-se diretamente para que ela seja feita. Conceito é a idéia do estilista que será mostrada através da performace, que é a maneira como ela será mostrada. A arte conceitual na moda pode tornar-se surreal.

Alguns nomes da Moda Conceitual são Elza Schiaparelli, Hussein Chalayan, Viktor&Rolf, Alexander McQueen, Cristóbal Balenciaga, Dolce&Gabbana, entre outros.
Hussein Chalayan

Viktor&Rolf

Body modification



O Body Modification não é uma manifestação artítisca, esse “estilo de vida” consiste em toda modificação feita no corpo humano. Os adeptos consideram as modificações que fazem uma arte, já que as fazem por achar que assim ficaram mas bonitos. Geralmente essas modificações são feitas por razões estéticas e culturais dos adeptos.


As transformações são muitas e as que mais chamam a atenção são as mais drásticas. Porém qualquer tipo de modificação feita no corpo é considerada Body Modification, uma plastica no nariz, por exemplo, ou até mesmo um silicone no busto, uma tatuagem ou um piercing, é considerado Body Modification. O que acontece é que essas modificações são comuns e aceitas na sociedade em que vivemos. As transformações mais drásticas são Branding, Escarificação, Bifurcação da língua (Tong Split), Pocket, Implantes subcutâneos, Surface, Implante transdermal.

Pop Art


Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.

Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.





Principais Artistas:


Robert Rauschenberg
Roy Lichtenstein
Andy Warhol






NO BRASIL

A década de 60 foi de grande efervescência para as artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também assimilaram os expedientes da pop art como o uso das impressões em silkscreen e as referências aos gibis. Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar e Antonio Henrique Amaral.
A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi subvertido, pois, nosso pop usou da mesma linguagem, mas transformou-a em instrumento de denúncia política e social.
Na moda....

Body Art



A body art, ou arte do corpo, designa uma vertente da arte contemporânea que toma o corpo como meio de expressão e/ou matéria para a realização dos trabalhos, associando-se freqüentemente a happenings e performances. Não se trata de produzir novas representações sobre o corpo - encontráveis no decorrer de toda a história da arte -, mas de tomar o corpo como suporte para realizar intervenções, de modo geral, associadas à violência, à dor e ao esforço físico. Pode ser citado, por exemplo, entre muitos outros, o Rubbing Piece, 1970, encenado em Nova York, por Vito Acconci (1940), em que o artista esfrega o próprio braço até produzir uma ferida.



O sangue, o suor, o esperma, a saliva e outros fluidos corpóreos mobilizados nos trabalhos interpelam a materialidade do corpo, que se apresenta como suporte para cenas e gestos que tomam por vezes a forma de rituais e sacrifícios. Tatuagens, ferimentos, atos repetidos, deformações, escarificações, travestimentos são feitos ora em local privado (e divulgados por meio de filmes ou fotografias), ora em público, o que indica o caráter freqüentemente teatral da arte do corpo. Bruce Nauman (1941) exprime o espírito motivador dos trabalhos, quando afirma, em 1970: "Quero usar o meu corpo como material e manipulá-lo".




As experiências realizadas pela body art devem ser compreendidas como uma vertente da arte contemporânea em oposição a um mercado internacionalizado e técnico e também relacionado a novos atores sociais (negros, mulheres, homossexuais e outros). A partir da década de 1960, sobretudo com o advento da
arte pop e do minimalismo, são muito questionados os enquadramentos sociais e artísticos da arte moderna, tornando-se impossível, desde então, pensar a arte apenas com categorias como pintura ou escultura. As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. -, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, o rompimento das barreiras entre arte e não-arte, e a importância decisiva do espectador como parte integrante do trabalho constituem pontos centrais para parte considerável das vertentes contemporâneas: arte ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, earthwork, etc.




A body art filia-se a uma subjetividade romântica, que coloca o acento no artista: sua personalidade, biografia e ato criador. Retoma também as experiências pioneiras dos
surrealistas e dadaístas de uso do corpo do artista como matéria da obra. Reedita ainda certas práticas utilizadas por sociedades "primitivas", como pinturas corporais, tatuagens e inscrições diversas sobre o corpo. O teatro dos anos 1960 - o Teatro Nô japonês, o Teatro da Crueldade, de Antonin Artaud (1896-1948), o Living Theatre, fundado por Julian Beck e Judith Malina em 1947, o Teatro Pobre de Grotowsky (1933), além das performances - constitui outra fonte de inspiração para a body art. A revalorização do behaviorismo nos Estados Unidos, e das teorias que se detêm sobre o comportamento, assim como o impacto causado pelo movimento Fluxus e pela obra de Joseph Beuys (1921-1986), nos anos 1960 e 1970, devem ser considerados para a compreensão do contexto de surgimento da body art.